quinta-feira, novembro 27

Senti tua falta. Relutei em aceitar aquele sentimento: falta.
Milhares de sentimentos, gotas de orvalho ácido que se confude com o amor. Não há amor, há vícios profanos.
O ego mortal que tude quer, que tudo deseja... sem causa, sem ordem, ética, princípios.

A vontade que eu tenho é fazer tudo ao contrário, pisar na grama, andar pelada, comer com as mãos. Chorar alto, soluçar em concerto clássico. Cartas de amor ridículas, lágrimas vãs. Surtos noturnos, abstinência de calor, pele, extensão da alma.

Não posso dizer mais nada, posso ficar aqui. No meu universo multicolorido, que às vezes fica sombrio.

A cor, colorir, a falta, sentir,
o desejo, o círculo, os sonhos.

A vontade que eu tenho é dizer o que sinto, mas não posso.
Deixemos as reticências, passemos para o próximo ato.

A luz...

terça-feira, novembro 25

Antes que se faça dia...

Nem posso tentar... um dia a gente vai rever essa coisa indefinida. Não há conceitos nem imposições que limitem esse devaneio cheio de sentimentos...

Antes que se faça dia...

Talvez, a gente possa transcender esse mundinho vão. Atingir topos, cumes introspectivos, perdidos em psiquês cósmicas, a busca permanece. É eterna!

Queria muito que fosse simples, escrever sem metáforas, sem me esconder nas entrelinhas...mas não dá. A profundidade está intríseca ao Karma. Não gosto de falar sobre conceitos, mas no fundo somos produtos desse fábrica de ilusões.

Fugimos de nós mesmos, usando máscaras, pseudônimos. Usamos nossa magia, a arte de conquistar pela ignorância alheia. Usamos armas vis, sangramos corações para satisfazer nossos desejos mais intensos.

Deveria ser mais simples... Sem tanto atropelos, anseios cotidianos.

A reflexão me distancia de mim mesma. A fonte é ouvir o silêncio que conduz ao paraíso, às vezes queria mesmo era uma cena de sexo selvagem, gozar como uma gata no cio, agir com instinto, agir como criatura divina, virgem, pura, totalmente pura!
Mas não é tão simples!

Anoiteceu... Nem vi o dia!