terça-feira, fevereiro 12

É tua!


Eu sei que a dor é imensa.
Dói em mim também, mas a lua sorri dos obstáculos porque sabe que cedo, o sol vai dizer que a ama.
E é esse amor que supera as lágrimas, as tempestades, o vento, a poesia sem rima, o soluço desafinado.
E não há dor que dure para sempre nem lágrimas que não cessem, nem tempestade que não acalme.
O amor é maior que o universo...
Tão profundo que goza o sexo tântrico divino.
Cala-te e ouve o tempo.
Esse é o tempo. Esse é o elixir.
Essa é a canção que fiz!
Aceita, é tua!

Recomeço




Página virada,
Alma lavada, trem que parte,
Lágrima que seca.
Saudade que permanece de forma eterna!
Soluço que por hora canta a certeza de dever cumprido.

Poeira que abaixa,
Percepções que sugerem estrada.
Luz que permanece acesa, porque o pensamento mutante se condensa em liberdade.

Liberdade que gera,
Produção de sonhos,
Fábrica de buscas, certezas que não cessam.

A vida se abre em leques e universos de possibilidades.
As asas se colorem, fogem da precisão do sentido humano.
As asas se cobrem de letrinhas coloridas,
A liberdade do jeito mais simples.

A dor cavalgou pra distante,
O medo ainda aparece para a sorte do neófito que sorri a dúvida e possui certezas tão incertas.

Recomeço e escolhas,
Música que será composta,
Momentos imprecisos e necessários.

Eles são borboletas,
Eu sou o vento.

É carnaval

Sorriso que chora.
O carnaval respira pessoas diversas.
Elas fingem ser: pseudo-alegria.
Pulam e dançam
Extravasam sentimentos que refletem seus egos.
Amanhã ao acordar tudo acaba. O que importa?
Hoje são torrentes, são frevos, maracatus e axés.
São saltos, goles profundos ou rasos, do ópio que os tornam fantoches de uma realidade mascarada.
Lágrimas sorriem o mais sarcástico sentimento.
Fantasias que imperam sentidos diversos.
O choro ainda se faz presente, mas o que há de se fazer?
Frente a esse universo multicolorido que diz apenas o óbvio: fingimos ser: não somos! Nos inventamos
O carnaval canta e o choro se faz sinfonia.
Dancemos, enquanto podemos.
É carnaval