terça-feira, agosto 4

Saudades...

Saudade do sorriso espontâneo, sem preconceitos. O sorriso mais sincero, o mais sarcástico... Saudade do ácido político produzido por sua veia crítica moderna. Saudade da visão holística, da prática da metafísica, das certezas absolutas, das viagens introspectivas, das revelações divinas.

Ela está longe, e como faz falta...

Não mais abre a caixinha de Pandora numa noite de insônia e fica a escolher entre a luz e a sombra, e quando amanhece sente que o dia é sua noite e que a noite é sua busca mais profunda.

Ela está longe, e como faz falta...

Saudade das observações analíticas, dos conselhos com essência. Do brilho e vivacidade que cobriam sua aura. Uma luz infinita, lembranças do equilíbrio e calma.

Coração que pulsa dores místicas, angústia que anula, dizima sem piedade... O sonho morre, a dor prevalece...

Hoje ela morre, amanhã ressuscita...
porque é esse o único caminho... A dualidade infinita...

Saudades da poesia que tecia o amor como verbo intransitivo... Onde ela está? Por que está tão longe?

Hoje ela é lágrima, é vazio, é treva...
Hoje ela morre... Apenas morre...

Saudades...
Saudades de mim...

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