quinta-feira, agosto 9

Introspecção Parte 1

Sabe o que mais me chama atenção no existir?

A capacidade que temos em armazenar pensamentos, em esmiuçar sentimentos como se fôssemos realmente processadores ultra-modernos, fabricados por nós mesmos, capazes de evoluir simplesmente pelo desejo inconsciente que impera nossa natureza.

Estou a fazer viagens introspectivas, lapidando meus sentidos, buscando afinar o que há nas entrelinhas do meu mundo insano.

Estou a me perguntar mais que o óbvio, mais que a conjugação do verbo direto, transitivo.

É essa evasão de reticências que aflige a minha alma, sempre foi assim, esse assim é a ânsia análoga a ânsia que me consome os nervos!

A maneira subjetiva, a menina sonhadora que me aponta canivetes a garganta.

É esse ser feminino, tão mal descrito, mal analisado, mal julgado que me faz entrar em transe e questionar os valores implícitos no meu ego... Vale a pena?

Ser feminina, ser metafísica, ser holística, ser romântica?

Vale a pena ler Freud, Rosseau, Marx, Ariano Suassuna?

Ser doce, ser poesia, ser clássica, ser contemporânea?

Não sei, queria continuar não sabendo, rasgar meu cérebro, secar meus pensamentos, partir pra longe, me metamorfosear em nome da liberdade!

Cansei de ser óbvia, quero ser amórfica. Quero mais é explodir de desejo, que a psicologia freudiana me leve pra cama e cometa a condensação dos mais intensos desejos.

Chega de tabus, de análises profundos e paradigmas capazes de cercear o que há de mais sagrado no ser.
Quero ser enquanto ser...
Passar adiante, transcender em nome de mim...

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