domingo, setembro 2

Aula da saudade...

Que o meu olhar congele a imagem...
Que o meu choro seco guarde a lembrança do tempo que não mentiu e passou. Nunca havia parado pra pensar sobre a celeridade do tempo, sobre essa coisa de piscar de olhos, de delimitação, início de ciclo, fim, tudo metricamente correto, tudo calculado, o mundo é preciso, o tempo é preciso!
Passou tão rápido.
Vou sentir saudade.
Nunca havia parado pra pensar sobre essa coisa, definição para sentimentos que buscamos desesperadamente como algo que servisse como elixir, ou coisa parecida. Vêm as lágrimas, seguidas de sorrisos hilários, vem os sonhos e as ilusões perdidas.
Vem às desavenças; os conflitos íntimos, seguidos de amores perdidos.
Vem às certezas, jogadas ao vento, a galope vem às dúvidas que permanecem por toda a estrada.
A viagem havia sido marcada mesmo antes da minha chegada. Parti rumo ao futuro, e o meu presente já sorria de mim. O que estaria reservado? O que iria me tornar? O que sempre fui e nunca consegui enxergar?
Eu ainda não sei quem eu sou, mas sei que vou descobrir... No momento isso pouco importa. O soluça bate o surdo que pega minha mão e me diz que foi bom demais.
A saudade canta pra mim, tenho saudades sim, mas...
Acabou porque precisa começar...
Vou sentir saudade, mas é melhor assim...

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