segunda-feira, janeiro 21

Feliz 2008!


E mais uma vez buscamos expressões de otimismo dentro de criações fabricadas para elevar nossa auto-estima. E mais uma vez, projetamos sonhos, extensões de ilusões que alimentam nossa insegurança. As pseudo-verdades que desejamos para amigos, inimigos, vizinhos e conhecidos.
Feliz Ano Novo, para todos, para o Universo como se essa felicidade fosse a soma de fonemas, orações coordenadas, subordinadas, expressões elevadas, desejos de Boa sorte, tudo de bom, palavras inteiras, sentimentos abstratos.
Está tão além da superficialidade da queima de fogos, dos cartões cheios de luz e cores.
Está tão além dos presentes e lembrancinhas ofertados... como se o material fosse o suficiente para cessar dores, mágoas, decepções;
O real é que os sentimentos continuam a pulsar de forma descontrolada. O medo e a busca continuam a sacudir alicerces frágeis de seres humanos, também frágeis, que se escondem e depositam em caixinhas e poços de desejos palavras de conforto ditas aos outros com o intuito de ouvirem seu próprio eco.
E mais uma vez, maquiamos nossa realidade, Feliz Ano Novo,acorde! e veja o céu pegando fogo! o vizinho soluçando, teus filhos sem entender nada...
A vida que você projetou, o ano que você desejou se esvaindo de ilusões...
E tudo recomeça, mais uma vez...
Boa sorte, tudo de bom!

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